Angers e Anjou

Anjou é uma área rica em história, com sítios arqueológicos que remete ao Neolítico e à uma cultura em torno do vinho e do rio Loire.

Demorei a conhecer “Angers”, já que tem tantos castelos e locais para visitar nas redondezas que nunca tive tempo de passear pela cidade; mas fiquei maravillhada assim que tive a oportunidade de descobrir a gigante Tapeçaria do Apocalipse (Patrimônio da Unesco) que se esconde na sua Fortaleza.

Recomendo passar pelo menos um dia nesta cidade. Se entrar no castelo vale a pena pegar um guia de áudio que explica a Tapeçaria em detalhes. Se puder comer ou tomar um café no restaurante-jardim do castelo, verá que é um local muito tranquilo e especial.

Nos arredores de Angers existem vários locais históricos: “Chateau du Plessis-Bourré”, o “Chateau de Brissac” conhecido por ser um dos mais altos da França e a “Igreja de Martigné Briand” mostrado na foto acima.

História de Angers

Angers faz parte do departamento de Maine-et-Loire e sua região é Le Pays de la Loire.

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É interessante saber que os vestígios mais antigos encontrados na cidade datam de 4000 aC.

Por ela se passou o Império Romano  e ficou conhecido como “Juliomagus”. Até Júlio César fala de Angers em suas memórias sobre “la Guerre des Gaules”.

A cidade adquiriu grande importância durante a Idade Média graças a nobres como o Duque de Anjou. Esta aliou-se a províncias vizinhas (como a de Maine, na qual falo no meu blog na seção Le Mans) e, junto com ela, formam a Dinastia dos Plantagenetas. Imagine o poder que esta família tinha: eles eram reis de Jerusalém e da Inglaterra, bem como duques da Normandia e Aquitânia. Este nome de Plantegenet remonta ao século XII, nome pelo qual “Geoffroy V, Comte de Anjou e Maine” ficou conhecido entre 1128 e 1151. O nome de Plantegenet foi passando aos seus descendentes, entre outros, ao Duque Richard de York e o rei Edouard IV da Inglaterra.

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Vou me concentrar um pouco na história do castelo:

Em 1230 era uma fortaleza construída por Reine Blanche de Castilla e seu filho Saint Louis. Ao longo dos séculos, a arquitetura do castelo foi modificando em função de quem nele vivia e da utilidade que lhe davam. Por exemplo, no final do século XVI o Canhão apareceu como uma arma de artilharia, o que fez com que a arquitetura mudasse adaptar-se à sua incorporação e utilização e assim adquirir a silhueta que vemos hoje.

Os duques d’Anjou residiram nela durante os séculos XIV e XV e, sendo amantes da arte, mandaram construir a capela e outras partes do edifício que deram uma vida requintada e luxuosa ao seu interior. O duque Luís I d’Anjou foi quem mandou fabricar a Tapeçaria do Apocalipse em 1375. A fortaleza também foi usada como prisão e quartel até 1947, quando foi aberta ao público para visitas.

Gastronomia de l’Anjou

1. Os vinhos de Anjou.Prove na “Maison des Vins d’Anjou et de Saumur” se não tiver tempo para visitar as vinhas.
2. O patê de ameixa (” patée aux prunes”).
3. Restaurante “Bistrot des Ducs”. Boa relação preço / qualidade, mas tem que reservar porque costuma estar cheio e o serviço não cede mesas.
4. “Chateau de Tigné”, cujo dono é o ator Gérard Depardieu. É uma vinha e adega com degustação e venda de vinhos que eles próprios produzem.

5.Também é bom passear pelo Jardin du Mail em Angers e desfrutar de um delicioso “Cremet d’Anjou”, em um dos terraços perto do quiosque do parque.

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Outros endereços

1. Abbaye Toussaint, Galerie David d’Angers”. Capela do séc. XIII renovada com vitrais contemporâneos.
2. O “Hotel Spa Loire & Sens” a 20 minutos de Angers.

3.”Chateau de l’Epinay”, hotel em Saint Georges sur Loire. Basta ver as fotos para se maravilhar com o lugar. No jardim têm um jacuzzi que pode usar à noite e ver as estrelas enquanto toma banho.

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4.”Manoir de Jouralem”, entre vinhas. Os proprietários são ingleses, muito acolhedores e o edifício está completamente remodelado e com uma decoração muito elegante.

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5. O elegante castelo do «Château Colbert» em Maulevrier. Tem também um ótimo restaurante gastronômico e o preço dos quartos não é caro para o serviço e como é bonito por dentro

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